SPFW: Oskar Metsavaht

Foi num mergulho no Caribe, oito ou nove anos atrás que Oskar Metsavaht arrumou inspiração para o desfile da Osklen - Verão 2011. A experiência do mergulho no azul foi tão bacana que ele sempre soube que usaria para algo. Poderia ter sido um documentário, mas acabou se transformando na coleção apresentada no segundo dia da SPFW.

"A poesia do meu mergulho começa naquele azul clarinho e vai ficando azul profundo", explica Oskar, que nesta temporada usou a malha de algodão na sequência das suas experimentações. "Já trabalhei com moleton e no inverno foi o feltro como base", completa.

O algodão cru foi tingido nas nuances de azul com a ajuda de um amigo biólogo especialista em corantes naturais. "Não sabia como a malha ia trabalhar a tintura", conta. "Como todo designer, sempre pensei em fazer uma coleção monocromática. O desafio foi não deixar chato e que mesmo monocromática ela tivesse um colorido."

Para explicar os pontos prateados das bijus e a mochila, Oskar lembra que é o tom que o mergulhador vê quando que olha para o céu.

Apesar de ter gostado dos exercícios com a malha de algodão, ele conta que a surpresa foi com a organza de seda, que quando tingida ganhou um plissado especial. "Issey Miyake deve ter passado por isso", arrisca.

Há cerca de um ano, Oskar tem mergulhado no Rio de Janeiro, o que o despertou para o mergulho de anos atrás. Gaúcho radicado no Rio, ele declara que é a favor de que os royalties do pré-sal devem ficar no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.