sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Labirinto de Perfumes





Aposto que muitos dos que leram o livro (na foto acima, a capa da ediçao brasileira) do alemão Patrick Süskind devem ter ficado com a pulga atrás da orelha ao saberem da adaptação do romance “O Perfume” para o cinema. E nao é para menos. Como transportar para a tela grande o universo estranho e pleno de cheiros da obra? Como dar carne e osso ao persongem central, já complexo nas linhas do autor e ainda mais misterioso na mente dos leitores? A Novidadeira aqui conferiu o filme ainda em cartaz na Itália e mais do que recomenda.


Tom Tykwer (na foto acima com o ator protagonista), que dirigiu “Corra, Lola, Corra” e “Paraíso” aceitou o desafio. O resultado é no mínimo inquietante. Como o livro. O ator britânico Ben Whishaw interpreta Jean-Baptiste Grenouille, na Paris de 1.700 e alguma coisa e pode-se dizer que o filme é dos dois. Ator e diretor. A estréia na Europa foi no final de setembro, com recorde de bilheteria em alguns países (um milhão de pessoas no primeiro final de semana na Alemanha). Nos EUA o filme estréia em dezembro.




A história pode ser resumida da seguinte forma: um desgraçado nasce com um dom único do mundo, o de conhecer o aroma de tudo que existe na face da Terra. Desde o seu nascimento esteve cercado pelo odores do mundo, dos mais fétidos aos mais sofisticados. É a sofisticação que o leva a escapar rumo ao mundo dos perfumes como profissão. Com a ajuda do simpático perfumista Giuseppe Baldini (interpretado por Dustin Hoffman) descobre o metiér e começa a se tornar obsessivo pela técnica na conservação de um aroma, inconformado com a perda daquele perfume que viu desaparecer entre os dedos. O filme trancorre através de um labirinto de sensações. O ator (e diretor, claro) consegue despertar no espectador o que Süskind conseguiu com suas palavras. Por mais estranho que tudo possa parecer, aquele ser desesperado desperta uma inesperada compaixao. O final do filme, assim como o do livro, pega todos pelo pé e ainda dá uma chacoalhada. Prepare-se para talvez não digerir bem a pipoca.

Ao invés de fazer um filme dentro do realismo fantástico, Tykwer optou pelo realismo, concentrando-se na experiência física e olfativa do protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, um homem comum, não um gênio como Mozart. Ele é convencido de que o mundo seja regulado a partir de odores. A partir deste modelo de conhecimento, ele parte para construir a sua mentira, alguma coisa que serve a ele e não aos outros. O seu talento olfativo é diretamente proporcional à sua incompetência social, é genial e louco ao menos tempo. A sua ambigüidade e relativa inocência fascinam.

“O Perfume” – o filme, é tao bom quanto o livro. Visto que o filme só deve chegar ao Brasil no final do ano (me corrijam se eu estiver errada) e se voce ainda nao leu o livro, vá correndo à biblioteca mais próxima ou compre um exemplar na livraria – o investimento vale. Por melhor que seja o filme, não se prive da aventura da história de Süskind e prepare-se porque o seu nariz nunca mais será o mesmo.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Muito mais do que bom, bonito e barato


Fashionistas que é fashionista, em viagem pela Europa, não deixa de dar uma passadinha em uma das lojas Hennes & Mauritz, a H&M, amada e idolatrada, salve, salve! A rede de lojas é conhecida por vender peças de design original a preços irresistíveis e mais ainda, de conseguir traduzir para as ruas o que estava nas passarelas. Entrar numa H&M em início de temporada – a Novidadeira aqui o fez no comecinhdo do outono – chega a ser violento. É tudo lindo, bem estudado, baratinho, moderno...

A história de mais de 1,2 mil lojas em 22 países começou em 1947, em Västerås, interior da Suécia. Erling Person foi a dona da idéia, inspirada em uma loja de roupas para senhoras dos Estados Unidos. Chamou a sua de Hennes, que em sueco siginifica: “para ela”. Vinte anos depois, comprou em Estolcolmo um imóvel onde funcionava uma loja de artigos para caça, a “Mauritz Wildforss” e voilà, nasce a Hennes&Mauritz, que no ano passado faturou € 780 milhoes. O segredo do sucesso: a H&M cria e produz seus produtos que são vendidos exclusivamente nas lojas da rede, sem intermediários. Se não os cria – como os vários “made in” qualquer lugar do mundo– compra em grande quantidade.


No começo de novembro, a rede de lojas volta a causar furor entre os amantes da moda. Homens e mulheres. Dia 09 começa a ser vendida a linha criada pela dupla de estilistas holandeses Viktor & Rolf (na foto acima). No inverno passado foi Stella McCarteny que provocou filas de doidivanas nas portas das lojas mundo afora, precedida por Karl Lagerfeld (sim, o grande da maison Chanel) em 2004. Para o inverno 2007/07 foram criadas pela dupla 25 peças masculinas e 35 femininas. Viktor&Rolf, para muitos, sao sinonimo de moda conceitual, sempre com um detalhe ironico e desfiles do tipo "espetaculo".


A idéia central da mini-coleção é o “casamento” entre o colosso sueco e a maison-couture, o nascimento de um louco amor e que encontrou a sua máxima representação no vestido de noiva criado especialmente para a H&M, em seda ducale e tule, com um grande laço no busto. São apenas mil exemplares, a € 298,00 cada. O coraçao atravessado por uma flecha também aparece em toda a linha, bordado em moletons (€ 39,90), formando mini-jabots nas camisas femininas (€ 49,90), em fivelas e “abotoaduras” no trench-coat feminino (€ 99,00 e a peça mais fofa na minha modesta opiniao) e até no vermelho da saia de pregas em tafetá (€ 49,90). Para o guarda-roupa masculino, vale destacar o smoking em lã (€199,00) e a camisa com estampa de flechas (€ 39,90). Elas também aparecem bordadas no trench-coat masculino. Se vale a pena investir? Um trench-coat da maison Viktor&Rolf não sai por menos de € 1.100,00.
Na foto abaixo, dois looks do desfile de outono/inverno da dupla.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Saber ver – parte 2









Das minhas últimas leituras, nada me tocou mais profundamente do que “A Arte de Viajar” (editora Rocco), do excepcional Alain de Botton, tão pungente que parece emanar sincronicidades. Sensação experimentada também pela Karlinha, a quem emprestei o livro depois de chegar de viagem.

Presente do dia dos namorados, semanas antes do meu embarque, o livro me causou comoção assim que pus os olhos nele. Era o meu anti-guia: nada de mapas nem dicas de lugares a serem visitados na cidade-destino. Ali, eu teria uma chance de descobrir porque viajar me parecia tão absolutamente necessário naquele momento. Ou de, pelo menos, aprender o que as novas paisagens poderiam revelar sobre as minhas paisagens interiores.

Com a palavra, o autor: “As viagens são parteiras do pensamento. Poucos locais são mais propícios a conversas interiores do que um avião, um navio ou um trem em movimento. Há uma correlação quase estranha entre o que está diante de nossos olhos e os pensamentos que nos podem ocorrer: grandes pensamentos às vezes exigem grandes panoramas, novos pensamentos, novos lugares. Reflexões introspectivas que têm a propensão a bloquear-se recebem ajuda para prosseguir com a passagem ininterrupta da paisagem”.

Leio mais alguns parágrafos, adormeço durante o vôo e retorno à leitura só de manhã, já me aproximando do primeiro destino. Para minha surpresa, lá embaixo e na página diante de mim, o lugar era o mesmo: aeroporto Schiphol, Amsterdã. Ainda que minha presença no lugar tenha sido do tipo relâmpago por conta da conexão para Milão, experimentei a gratificante sensação de que ali era exatamente onde eu deveria estar naquele instante.

No dia seguinte, no trem de Milão para o Vale d’Aosta a fim de visitar a querida Jana, leio sobre as aventuras pessoais de Flaubert no Egito e sobre as descobertas científicas de Alexander von Humboldt na América do Sul. O livro é “costurado” com as viagens do autor e a de escritores, pintores e pensadores que foram inspirados pelo ato de viajar em todas as suas formas.

Ao falar sobre sua visita ao deserto do Sinai, Alain evoca o elo entre Deus e as paisagens sublimes e arrebatadoras, relatando o desespero de Jó quando sua vida se enche de desgraças e sofrimento. Sem entender porque é castigado, pois era um homem bom, ele ouve a resposta. Um Deus furioso enumera todos os fenômenos da natureza para fazê-lo enxergar a sua pequenez e a compreender que a sua vida não é a medida de todas as coisas.

E, cá entre nós, existe melhor maneira de se sentir minúsculo do que diante de uma montanha? Não mesmo, ainda mais se ela estiver branquinha em pleno verão e a pessoa em questão nunca tiver visto neve na vida...








A minha viagem ainda me traria outras paisagens sublimes, como a absolutamente encantadora Lugano, na Suíça, cujas imagens eu procuro acessar mentalmente quando preciso de referências de paz e tranqüilidade.




A viagem de Alain de Botton continuou pela Provença, guiada pelas pinturas de Van Gogh, aprendendo a olhar com os olhos do pintor. Londres, o ponto de partida do autor, é também o de chegada. Mas a cidade já era outra. As coisas estavam no mesmo lugar, mas ele começou a enxergá-las de fato.

Antes do ponto final, Alain transcreve um pensamento de Nietzsche: “Quando observamos como algumas pessoas sabem gerir suas experiências – suas experiências insignificantes, do dia-a-dia – de tal modo que elas se tornem um solo arável que produz frutos três vezes ao ano, enquanto outras – e como essas são numerosas! – são arrebatadas pelas grossas ondas do destino, pelas correntes mais multifacetadas dos tempos e das nações, e ainda assim estão sempre à tona, como uma rolha de cortiça, acabamos sendo tentados a dividir a humanidade numa minoria (ínfima) dos que sabem extrair muito do pouco e uma maioria dos que sabem extrair pouco do muito”.

Toc Toc Toc

(foto: Louis Vuitton)
Quem bate é o frio! é bem verdade que a moda na Europa já esta com a cabeça no verão 2007. Se a cabeça está longe, o corpinho começa a padecer com o frio, pelo menos no Heminsfério Norte. Toda boa fashionista que se preze já sabe de cor e salteado o que deverá ter no guarda-roupa para não fazer feio no invernão que vem por aí. A novidadeira enviada especial ao Velho Continente (e morrendo de inveja do calor tropical), conta quase tudo sobre o inverno que começa a esfriar a Europa.

Depois de folhear revistas e mais revistas de moda, dar uma olhadela nos desfiles da temporada mais fria do ano e bisbilhotar em araras e vitrines, podemos dizer que o inverno europeu terá algumas regras: sobreposições, com saias por cima de calças, casacos nos mais variados comprimentos, meias coloridas e evidentes, polainas, cachecóis, luvas por cima de luvinhas; mistura de padronagens (para Louis Vuitton e Sportmax) ou black total com variações de tecidos no mesmo look (para Prada e Gucci, por exemplo). Saias longas mas com modelagem mais ajustada ao corpo (esqueça as ciganas do Leste Europeu, baby) em tecidos pesados típicos do inverno – como lã, e em tecidos mais leves como o belo jersey (Gucci e Emanuel Ungaro). Princesas góticas (Versace e Chanel), damas e soldados da corte de Napoleao Bonaparte (Dolce&Gabbana), divas disco vindas diretamente dos anos 70 (Gucci) e 80 (Versace), o peso do metal em ouro e prata, grunges com tudo de bom e ruim que o “oversize” pode trazer (Marcs Jacobs e Louis Vuitton) e o xadrez escocês.O After Ski tambem aparece – como sempre – em peles e muito branco (Dolce&Gabbana). Assim como o estilo rock’n’roll, com um pouco do punk da Inglaterra dos anos 80. A lã ainda é a atração do inverno (no ano passado tb foi assim) e aparece divertida, de tudo quanto é jeito. A cintura subiu definitivamente o que deixaram as mulheres mais elegantes e poderosas. Falando das cores: nao vai faltar violeta (e todas as suas variaçoes), preto, xadrez e metalicos (principalmente ouro) nesta estaçao.



Dolce&Gabbana
Para quem gosta de acessórios, a moda dá à meia arrastão um papel importante. A trama de lycra apareceu bonita nos desfiles de Viktor&Rolf (como máscaras), de Dior by John Galliano (como detalhes em decolettès) e no desfile de Jean Paul Gautier (como salto para scarpins). Luvas – peça essencial no rigoroso inverno europeu – vieram cheia de bossa e apareceram pela metade, terminando no meio da mão, presas apenas pelo polegar e deixando todos os dedinhos de fora. Quem gostou da ideia: Chanel, Sass&Bride, John Richmond, Veronique Barnquinho. Quando o assunto é bijouterias, vale anotar as pérolas gigantes de Chanel (obvio) e as peças com inspiração na Grécia Antiga, com ouro, muito ouro – apesar de algumas vozes insistirem que o prata volta com força total. A África tambem inspirou os estilistas, com pulseiras e braceletes gigantes, estampas fortes nas cores e nas formas. Dizem que o estilo também vai continuar no verão europeu. O inseto da vez é a borboleta para o dia e a coruja para a noite. E pode ir dando adeus ao couro das alças nas bolsas. O lugar agora é das correntes.

Queridinha das editoras de moda, as botas Louis Vuitton são a vedete da estação. O estilo é ortopédico, o salto é alto e tem fecho de velcro. Já virou hit! Além delas, os tamancos de madeira ou sapatos que lembram as babuches, para todos os gostos: dos mais simples e fofos alla Dolce&Gabbana e Prada aos mais sofisticados, com bordados e brilhos. Ainda sobre os “pisantes”, a moda pede botinhas de cano curto (verniz também vale) e ainda saltos bem femininos e vintage.

A moda ja está nas ruas da Europa e quer apostar quanto como chega alguma coisa no Brasil para o inverno do ano que vem?


Nas Fotos: Desfiles de Marc Jacobs, Dior by John Galliano, Giorgio Armani, Gucci, Chanel, Dolce&Gabbana, Prada, Viktor&Rolf e Versace.






Saber ver

Boas idéias são como uma lufada de ar fresco em um dia quente. Despertam os sentidos e fazem a gente acreditar que tem muita coisa bacana e “anônima” por aí. É só saber olhar.

O professor de radiografia dental Albert G. Richards, por exemplo, resolveu fazer raio-X de flores! O resultado é belísimo: todas as pétalas da rosa são reveladas em camadas de cinza transparente. Tem mais flores radiografadas no site The Secret Garden.


Outra história genial é a do fotógrafo canadense François Brunelle. Apaixonado por portraits, ele criou o projeto “I’m not look alike”, que reúne pessoas muito parecidas, mas sem parentesco algum. No site, além de ver algumas fotos e ler a história dos personagens, dá até para se cadastrar no caso de você ser sósia de alguém.



Para quem, como eu, adora lufadas de ar fresco, o blog Favoritos, de Luiza Voll, é leitura obrigatória.

domingo, 15 de outubro de 2006

Para durar um mês



Tem novidadona nas bancas este mês. Responde por piauí - assim com minúsculas mesmo - o lançamento editorial que faz bater mais rápido o coração dos que adoram ler muito e de um tudo. E espaço é o que não falta, já que a revista tem formato bem maior do que as tradicionais. Para longas e generosas matérias.




Mas mesmo com tantas páginas, ninguém conta qual a razão da escolha do nome. É piauí e ponto. Interrogação? Exclamação! Só lendo mesmo.




Lá no site da revista a auto-apresentação avisa que a revista será mensal e que terá tanta coisa para ler e ver para justamente durar um mês nas mãos do leitor. Mas quem consegue esperar um mês pra devorar uma novidade. Quem sabe na segunda edição. No primeiro número, Rubem Fonseca surge num conto inédito e Danuza Leão vai além das crônicas para contar a história do estilista Guilherme Guimarães, uma celebridade fashion que ganha as devidas homenagens no texto saboroso.




E contar a história das pessoas é justamente o objetivo da revista, que conta com o aval da Editora Abril, que oferece a infra-estrutura para as assinaturas. A piauí é uma publicação da carioca Editora Alvinegra. Na redação estrelada da revista nomes como João Moreira Salles (idealizador), Dorrit Harazim, Cassiano Elek Machado, Marcos Sá Corrêa, Mario Sergio Conti (diretor de redação), Daniel Galera, Antonia Pellegrino...




Serviço da novidadeira: o primeiro número custa R$ 7,90.


sábado, 14 de outubro de 2006

Lista de beldades












A Veja São Paulo até parece o escritor inglês Nick Hornby. Adora uma lista. Depois de listar os 10 solteiros mais cobiçados da cidade - sem falar na lista anual dos melhores lugares para comer e beber na capital paulista - a revista apresentou no início do mês uma seleção com as 30 mais belas da cidade. Tem modelo, ex-modelo, estilista, atriz, apresentadora, socialite e jornalista.



As paranaenses Maria Fernanda Cândido (atriz, 32 anos) e Marcelle Bittar (modelo, 24 anos)estão entre as beldades. Quer a lista inteira?



Mariana Weickert, apresentadora, 24 anos
Cris Barros, estilista, 33 anos
Costanza Pascolato, empresária, 67 anos
Julia Petit, produtora musical, 34 anos
Luciana Gimenez, apresentadora, 35 anos
Rosangela Lyra, diretora da Dior, 41 anos
Flávia Lafer, stylist, 39 anos
Fernanda Barbosa, promoter, 38 anos
Ruth Malzoni, socialite
Caroline Bittencourt, modelo, 24 anos
Rita Lobo, chef, 32 anos
Isabella Fiorentino, modelo, 29 anos
Paula Raia, estilista, 29 anos
Luana Piovani, atriz, 30 anos
Angelita Feijó, atriz, 38 anos
Donata Meirelles, diretora da Daslu, 37 anos
Adriana Lessa, apresentadora, 30 anos
Adriane Galisteu, apresentadora, 33 anos
Adriana Vilarinho, dermatologista, 37 anos
Cris Saddi, socialite, 43 anos
Gloria Kalil, consultora de moda
Maythe Birman, socialite, 33 anos
Ana Paula Arosio, atriz, 31 anos
Cassia Avila, modelo, 32 anos
Doris Bicudo, jornalista
Ana Hickmann, apresentadora, 25 anos
Cristiana Arcangeli, apresentadora, 43 anos
Daniella Cicarelli, apresentadora, 26 anos (a única que não quis participar da reportagem)






Entre os jurados, nomes como o chef Alex Atala, o estilista Amir Slama, o fotógrafo André Schiliró, o apresentador Luciano Huck, o arquiteto Marcelo Rosenbaum e o cabeleireiro Wanderley Nunes. Mulheres também votaram. Aliás, algumas até entraram para a lista, como Rosangela Lyra e Gloria Kalil.






Para cada beldade, perguntas básicas do tipo: já fez plástica, qual o seu anjo da guarda da beleza e como seria a sua vida de fosse feia. A modelo Isabella Fiorentino causou polêmica ao responder que se fosse feia "seria cantora lírica, que pode ser gordinha e feia".

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Muito além dos alfajores


Buenos Aires nunca esteve tão próxima. Um vôo de duas horas separa Curitiba da capital portenha. A notícia em si já é ótima, mas ainda vem acompanha por sabores e sons deliciosamente diferentes. Os clássicos devem ser apreciados - show de tango, pacotes de alfajor, passeios pela charmosa Recoleta -, mas as novidadeiras não vão sair de lá sem procurar o que há de lançamentos. Para isso, vale correr os olhos pela lista de CDs mais vendidos da rede Musimundo e descobrir Diego Torres lá no topo. Andando é o sétimo CD de Torres e a música Abriendo Caminos é sucesso nas rádios - apesar da cidade ouvir muito músicas antigas. O revival musical é recorrente nas lojas, restaurantes e hotéis.





Nas bancas de revistas, as modelos brasileiras seguem belíssimas. A beldade da vez é Ana Beatriz Barros de biquíni Rosa Chá na capa da Elle de outubro. O preço normal é 6,90 pesos, mas este mês a revista está com promoção e custa 6,50 e ainda vem com a edição de decoração. Bagatela perto das nossas revistas (100 reais equivalem a 120 pesos).

O tango segue presente em todos os cantos. Dos shows de rua ao espetáculo intimista do lendário Café Tortoni a dança continua sensualíssima. São as apresentações com produção caprichadíssima é que estão mudando o cenário. Senhor Tango, dizem, é mais Broadway. Já Esquina Carlos Gardel é mais busca pelas raízes. Não por acaso, o cantor tem a voz parecidíssima com o próprio Gardel. Criado há apenas três anos, o local foi construído para lembrar os espaços antigos com lustres imponentes. As mesas fartas servem jantares com três pratos (os nomes das delícias lembram tangos famosos de Gardel).

Quanto as alfajores e seus recheios turbinados de doce de leite, opções não faltam. Mas quem vê os portenhos se deliciando nas várias filiais do Café Havanna espalhadas pela cidade não conseguem resistir à dica dos nativos. Dá para comprar até no quiosque das Galerías Pacífico, outro clássico da cidade.








Compras? Impossível andar no calçadão da Calle Florida sem ouvir dezenas de convites para conhecer as lojas de couro e cashemere. A dica dos guias é fugir para a extensa Avenida Santa Fé com muitas e muitas lojas e sem os vendedores na calçada. Patio Bullrich é a opção chique da Recoleta (próximo ao Buenos Aires Design, shopping de decoração). Tem a loja da Trosman, da estilista Jessica Trosman, conhecida dos fashionistas brasileiros por sua participação na São Paulo Fashion Week.

Dica da novidadeira? Um passeio pela feira de antiguidades de San Telmo. De novo não tem nada, afinal são 200 barraquinhas com quinquilharias e mais quinquilharias. Mas a viagem no tempo vale o passeio.

domingo, 8 de outubro de 2006

O guarda-roupa no computador


Há muito se especula sobre as mudanças que a tecnologia traria à moda. É claro que inúmeros novos tecidos com propriedades especiais vêm sendo criados em profusão – e com ampla utilidade na área esportiva, mas, com exceção de peças com conexões para internet e tocadores de mp3– que não emplacaram nos gostos (ou bolsos?), as tais mudanças têm sido bem sutis. Pelo menos até a semana passada.


No seu desfile em Paris, o cipriota Hussein Chalayan mostrou roupas que se transformam no corpo, instantaneamente, graças a um programa de computador. Parece coisa de ficção científica. Mas é realidade fashion. Na cartilha da moda, olhar para o passado para criar o futuro é uma das regras de ouro. Chalayan fez isso literalmente, passeando pelos estilos do século 20 com a linguagem do século 21.


Agora sim ficou fácil sair de casa de manhã preparada para aquela esticadinha no final do expediente...


Confira o vídeo com trechos do desfile e comentários do estilista.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Elas por elas



Era uma vez três amigas com várias paixões em comum: jornalismo, moda, comidinhas bem feitas, lugares bem “diagramados”, gente talentosa e a cidade do encontro, Londrina.

Com passagem pelas redações dos jornais locais – a Jana no JL e a Rô na Folha, onde a Karlinha segue cobrindo moda – elas sempre olharam de um jeito parecido para as mesmas coisas: radar ligado e um certo frisson diante de cada descoberta. Seja do petit gateau com calda de cappuccino do café da esquina, da nova bolsa que a Prada fez em edição limitada, da técnica ultra-mega-inovadora para eliminar a celulite ou do restaurante que virou hype depois de um episódio de Sex and the City...

Era de se prever que, com os pés aqui e a cabeça em outros cantos do mundo, uma delas logo voasse de verdade. Pois a Jana encontrou seu príncipe encantado nos Alpes italianos e mudou pra lá de vez. Mas, como a realidade hoje pode ser virtual, elas deletam a saudade e continuam tricotando...

Então fica combinado assim: a Rô e a Karla contam o que há de mais bacana em Londrina (com direito a “vôos” regulares para onde quer que haja algo interessante a ser visto, ouvido, degustado ou vestido). E a Jana monitora os babados em terras européias. E você acompanha, de camarote, esse bate-papo das amigas novidadeiras.