Paulo Borges
No meio do Fashion Rio e já pensando na São Paulo Fashion Week? Veja só o pingue-pongue com Paulo Borges (enviado pela assessoria de imprensa).
O que esta edição traz de novidades?
Esta será a maior edição da nossa história. É a primeira vez que a semana de moda começa sem desfiles. Os dois primeiros dias têm uma programação diferente, muito ligadas à moda.No dia 15, haverá uma aula magna com Didier Grumbach, presidente da Federação Francesa de Costura, e depois o lançamento de seu livro, “História da Moda”, uma obra de referência em todo mundo. No dia 16, haverá a entrevista coletiva, e à noite uma festa que é uma homenagem e uma celebração à Bethy Lagardère, esta franco brasileira que vive moda, que personifica a moda e este Ano da França no Brasil, do qual o SPFW faz parte do calendário oficial. Esta festa será para 400 pessoas, no 9º andar do Shopping Iguatemi, e além da homenagem, será lançado o documentário “Bonjour Madame”, mostrando a vida de Bethy em Paris e com depoimentos de Gaultier, Alaya e outras personalidades da moda. Também será lançada a edição especial da revista MAG!, com várias novidades.
Quais são as novidades da MAG?
A edição terá duas revistas, Passion e Paixão. Passion é totalmente dedicada à Bethy, mostrando sua trajetória desde que saiu do Brasil até hoje. Paixão tem editoriais diferenciados, inclusive um de 64 páginas sobre o processo de criação da alta costura francesa, da inspiração, passando pelos desenhos e por toda construção, a reportagem mostra os bastidores da Maison Chanel de forma exclusiva para a MAG!. Os convidados da festa receberão uma caixa especial com as duas revistas, dvd com editoriais de moda feitos por Zee Nunes, Duda Molinos e Décio Pinheiro, uma ametista, uma Havaianas Passion, um perfume criado especialmente pela Natura – perfume SPFW e duas bandeiras: uma do Brasil, outra da França, especialmente confeccionadas em seda pura brasileira.
Por que Bethy Lagardére?
R.: Ela é uma pessoa que viveu e vive a moda como ninguém. Tem uma coleção de alta costura sem igual, traz uma história fantástica. Brasileira, morou na França e sintetiza mais do que ninguém a admiração de um país pelo outro. Em suas festas e recepções, mistura pão de queijo, caviar, guaraná e champanhe, de uma forma única e elegante. Conviveu e convive com os maiores criadores de nosso tempo. É um ícone no Brasil e na França. Precisa dizer mais? E só ver a exposição que acontece na Bienal durante o SPFW e que depois ficará 15 dias no Iguatemi em São Paulo, e assistir ao documentário que será exibido exclusivamente no GNT para todo o Brasil.
Como é a exposição?
Ela estará no terceiro andar da Bienal. São as peças de alta costura dela, com criações de Yves Saint Laurent, Karl Lagerfeld ( para Chanel e para sua marca própria), Jean Paul Gaultier, Givenchi, Dior, Pierre Cardin, Balenciaga e muitos outros. O documentário, com 25 minutos de duração, será passado em telas de plasma, ininterruptamente, além de ser exibido no GNT.
Fale mais do evento.
Esta edição traz também a maior mudança arquitetônica desde que o SPFW está no prédio da Bienal. Os espaços estarão ocupados de maneira diferente, desde a sala de produção até os lounges, o Bar das Águas, até em termos das outras exposições que vão acontecer. Até os materiais são diferentes. Daniela Thomas e Felipe Tassara se basearam em tradições francesas. Há espelhos, veludos, muitas imagens, sempre com o olhar brasileiro.
Quais são as outras exposições?
Teremos a exposição da Federação Francesa de Alta Costura, com criações de oito estilistas da nova geração de criadores- e dela faz parte um brasileiro, Gustavo Lins. Ela estará bem na entrada da Bienal, com um formato circular e poderá ser vista por pessoas que não irão assistir os desfiles. No segundo andar, haverá a exposição da estilista francesa Sakina M’as, que estabelece uma relação entre associações de mulheres na França e no Brasil a partir da customização de peças criadas por ela. Esse trabalho servirá de inspiração para a coleção que ela apresentará no Carrousel du Louvre ainda neste anos e em uma exposição em 2010. Ela faz um trabalho de vanguarda e deve fazer uma performance durante o SPFW.
Filmes, festa, livro, revistas, exposições, performances. E a moda?
Tudo isso é moda. Todo este trabalho, tirando a festa, é coordenado pelo In-Mod, dentro de um processo onde o SPFW é uma plataforma de convergência de várias manifestações que convergem para a moda. E todas estas performances, exposições, livro, filme reforçam a importância da moda hoje.
Haverá, a exemplo da edição passada, a loja pop up?
Sim, foi um sucesso na última edição. A loja terá um espaço maior, com a presença de um corredor da Colette - que inclusive criou uma camiseta especial para o SPFW.
E a crise?
Esta edição é a que tem o maior investimento desde o início do SPFW. Não cabe a mim falar sobre a crise. O fato é que o Brasil está diferente da grande maioria dos países do mundo, em uma situação melhor.
Em janeiro, a chuva de bolas foi a surpresa do final do SPFW. O que acontecerá agora?
Mais uma surpresa.
Foto: Rogério Resende/Divulgação
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