quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Pop Vintage, please!


Tem coisas que só a música faz por você. Uma delas, e a minha preferida, é viajar no tempo, redescobrindo sons e lugares que eu ainda não conhecia e, se já tinha ouvido falar, havia completamente esquecido. O grupo ítalo-inglês “The Puppini Sisters” é capaz de te levar para passear, como se você pudesse entrar na máquina do tempo e acordar dentro de uma lanchonete americana de azulejos coloridos, balcão azul-calcinha, cheia de pin-ups de carne e osso e rapazes de uniforme.

O grupo é formado pela italiana Marcella Puppini e pelas ingleses Stephanie O'Brien e Kate Mullins. Marcella estudou Fashion Design na St. Martins School of Art, trabalhou para a Vivienne Westwood e acabou conhecendo Stephanie e Kate no Trinity College of Music de Londres. Inspirada pelo delicioso filme “As Bicicletas de Belleville”, decidiu fundar o seu grupo, trazendo para o nosso tempo a música dos anos 30 e 40, reinterpretando clássicos daquele tempo do nosso.

O primeiro àlbum do trio, "Betcha Bottom Dollar", lançado no final do ano passado parece um tesouro perdido no tempo. Comparadas às Andrews Sisters, grupo vocal famoso nas décadas de 30 e 40, as meninas conseguem muito mais do que belas notas afinadas. Provam que algumas músicas não possuem prazo de validade . Entre as belezas do àlbum, no Novidadeiras te mostra "Boogie Woogie Bugle Boy", o primeiro vídeo do trio. E recomenda o clássico "Mr. Sandman" e os rearranjos de coisinhas mais modernas, como "Wuthering Heights" de Keith Bush, "I Will Survive" de Gloria Gaynor o "Heart of Glass" de Blondie, “swingados” com muito charme. Uma das minhas preferidas: "Tu Vuo' Fa L'Americano", conhecida graças a uma das célebres cenas do filme “O Talentoso Ripley”.

As meninas já conquistaram a Inglaterra e aposto que vão conquistar muito mais. Além de ser um álbum extremamente fresco e refinado, as 14 faixas de "Betcha Bottom Dollar" podem trazer de volta uma ingenuidade – ou sensualidade, depende do ponto-de-vista - , de certa forma, perdida. E talvez é disso que a gente anda precisando. Música leve para dias despreocupados, mascando chiclete e bebendo um belo frapê de morango.

Um comentário:

Anônimo disse...

três é o número do sucesso, hein?!