Grandes Cidades, Grandes Símbolos

Uma cidade pode ser representada de muitas maneiras. Paris tem a sua Tour Eiffel, o Rio de Janeiro, o Cristo Redentor e Turim, a Mole Antonelliana. São vários os motivos para visitar este edifício, alto 167 metros. Nascido em 1863, ganha já o nome do aquiteto que o idealizou: Alessandro Antonelli. Dez anos depois, a construção passa à Cidade de Turim, que se encarrega de terminar a obra, dedicando-a ao então rei Vittorio Emanuelle II.

O prédio chegou aos dias de hoje aos trancos e barrancos. Em fevereiro de 1887, um terremoto obrigada novas obras de reforço da estrutura. Um gênio alado, colocado no alto da construção é atingido por um raio em 1904 o que obriga a substituição da imagem por uma estrela de cerca quatro metros de diâmetro. Em 1953, uma outra tempestade, acompanhada de ventos fortíssimos faz desabar 47 metros da ponta do edifício, que vem reconstruída em 1961, desta vez com uma estrutura de ferro coberta de pedra. E pode acreditar que ao longo dos anos, polêmicas não faltaram às obras de manutenção. Uma outra curiosidade: a Mole Antonelliana foi uma das primeiras construções na Europa a ganhar iluminação notturna, graças a pequenas lanternas à gás, isso no final do século 19. Um bom motivo para visitá-la de noite – desde 1998 - é a instalação luminosa “Il Volo dei Numeri”, de Mario Merz, inspirada na Sequência Numérica de Fibonacci.


Outra motivo bem forte para você visitar a Mole Antonelliana é que desde 2000 ela abriga o Museu Nacional do Cinema, considerado um dos mais importantes do mundo. Disposto de modo vertical, o museu é encantador – principalmente para quem admira a sétima arte. A arqueologia do cinema, a evoluçao do homem na captação e representação de imagens, as primeiras formas e máquinas de projeção, o fascínio da imagem através dos séculos até chegar aos dias de hoje. Um passeio maravilhoso e surpreendente através dos filmes que marcaram época. Isso sem falar no acervo com cartazes, peças de cenografia, originais de roteiros escritos por Federico Fellini – assim como desenhos de figurinos, objetos de cena, o chapéu e a encharpe do grande mestre.


Tem ainda um corpete e os sapatos de Marylin Monroe, outras peças de figurino, fotos, biblioteca, bookshop – prepare-se, você vai querer gastar - e ainda uma cafeteria que é um charme! Outro espaço fantástico é o “Templo do Tempo”, com diversas “capelas” dedicadas aos vários tipos de filmes – do romance ao terror, dos desenhos animados (a porta com o perfil do Coyote è genial) aos de ficção científica .No centro, filas e mais filas de chaise-longs para você descansar os pezinhos depois de um sobe e desce de rampas assistindo a um emocionante espetáculo de som e imagens projetadas na cúpula do edifício.



Definitivamente, a Mole Antonelliana é imperdível!

Serviço: Museu Nacional do Cinema – Molle Antonelliana Via Montevello, 20 – Turim (Itália)
Horário de Abertura: de terça a sexta, das 9h às 20h; sabado, das 9h às 23h, domingo, das 9h às 20h. Segunda-feira: fechado